terça-feira, 10 de outubro de 2017

Rio de Fogo

Uma das jangadas comunais goblinóides que ocasionalmente ancoram em bancos de areia para comércio com imperiais.



       O maior rio de Sarba, e talvez do planeta. O nome vem da história komatai de como um terremoto antigo criou uma nascente com águas ferventes e vermelhas. A mesma fica na parte noroeste das terras altas goblins, onde, apesar da atividade vulcânica, eles extraem grandes volumes de ferro. Um dos traços mais curiosos do Rio de Fogo é como ele não tem cataratas. O mesmo barco pode partir de um porto grouro e chegar à costa nanpuuniana, embora poucos façam a viagem inteira.


Equivalente nanpuuniano da caravela de guerra.
Filibote abalmiano.
     São mais de sete mil quilômetros desde a nascente até o delta no Golfo Selvagem, boa parte disto tendo de duzentos a mil metros entre uma margem e outra. Para o Império do Norte, o rio é a fronteira entre a civilização e a barbárie, isolando-os dos dinossauros e tribos ao sul; Para os goblinóides, a barreira que isola os herdeiros do maldito império amaranto que escravizou os seus antepassados. Ainda assim, existe comércio entre as margens norte e sul na metade mais alta. Isso tanto resulta em tribos com traços civilizados e grandes números de hobgoblins na região Feídr, quanto uma pirataria crônica que hora melhora, hora piora. Esse é um grande problema para os grouros, que usam o rio para chegar ao oceano e daí até Nanpuu. Galés mercantis gigantescas vão se encontrar com juncos nanpuunianos e filibotes abalmianos em Vexland, uma colônia portuária abalmiana no Golfo Selvagem administrada pela Sarbean Amber Company. Este porto seguro em meio aos conflitos tribais é um território neutro e cosmopolita onde muitas tribos, sultanatos e nações negociam desde âmbar e marfim de narval a estegossauros e seda.


     Centenas de regiões pantanosas abrigam literalmente milhares de embarcações goblinóides. É normal os cascos, e às vezes tesouros, serem submersos em águas insalubres que preservam a madeira. Cada chefe é ao mesmo tempo capitão de pelo menos um drakoi. Este último que pode servir para expedições de socorro, aventuras, captura de escravos, comércio e pirataria. E às vezes tudo isto, em uma única jornada que determina o futuro da sua respectiva aldeia.  
As cheias constantes criam e desfazem bancos de areia, ilhotas e as margens do rio. Algumas áreas são labirínticas até para os locais.

Também existe um número menor mas substancial de comunidades umóks que também se dedicam à pesca, pirataria e comércio.

      Em contrapartida, o império do norte mantém uma frota fluvial que incluí galés de perseguição, drakois capturados, baterias de canhões flutuantes e baronatos que funcionam como portos fortificados e armazéns de suprimentos para manter tudo isto.

       Alguns registros antigos contam que a extinta metrópole de Amaranta, capital do império de mesmo nome, ficava nas margens de um rio chamado Aequínia. Geógrafos da Universidade Imperial acreditam que este curso d'água seja um entre inúmeros afluentes do Rio de Fogo, nas profundezas do território komatai. Expedições da Cidadela-Museu Diatír, corsários imperiais e aventureiros patrocinados pelos Mercantes da Aventura já partiram para encontar ruínas de mármore que podem esconder golens de cerco e tribos komatai antigas. Os que voltaram, o fizeram de mãos vazias.

Lysimachos, uma das enormes galés mercantis grouras, apresentada aqui antes da reforma que acomodou diversos gigantes remadores e reduziu a tripulação a apenas mil tripulantes. Verdadeiras cidades flutuantes, estas embarcações tanto mantém um comércio interno quanto param em dezenas de portos a caminho de Vexland.

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