Uma das contradições
que definem Grória são as duas facções políticas: os civitas
representam o grouro tradicional com que os nortenhos estão acostumados.
Já os pretorianos são como um reflexo distorcido: barulhentos,
agressivos e seguidores dos mistérios pretorianos, um misto de culto
religioso secreto e sociedade guerreira exclusiva. Eles adoram Idura
como um deus e o maior dos Ancestrais, um conjunto de espíritos que
também representa a terra groura. Os sacerdotes do culto, chamados
Antica Praetus, vivem isolados em Termessos, a cidadela montanhesa pretoriana.
Em combate, são uma contraparte selvagem do estilo grouro
tradicional: avançam com rapidez ao invés de defender; respondem a
ferimentos com gritaria ao invés da determinação estóica; mordem escudos
no lugar de usá-los para defender o soldado à esquerda; fúria
individual em vez da disciplina da falange; lutam para matar os inimigos
enquanto um grouro honrado luta para defender Grória. Os pretorianos
clamam que a sua fúria não é uma perda de controle, mas eles estão
cedendo ao controle de outros: os ancestrais que vivem no sangue de todo
grouro, na terra em que vivem. É fato comum em Grória eles próprios se
cortam para ganhar mais poder de luta.
O equipamento pretoriano foi adotado das tribos bárbaras
locais, quase extintas durante a colonização groura. É feito tanto para
combate quanto para escalar: o machado epsílon tem uma lâmina em um lado
e espigão no outro; os punhais são praticamente estacas com
empunhaduras; as sandálias tem sola espinhenta para subir rocha e
eliminar inimigos caídos; cordas são mais importantes do que armaduras,
que se resumem a uma coracina de bronze que também serve de tijela. Os
elmos pretorianos tem a crista groura, mas também incluem rabos de
cavalo e um ou dois pares de chifres.
Essa
indisciplina se reflete até nas suas reuniões: assim como em Grória,
refeições são coletivas. Mas enquanto um refeitório grouro é uma
oportunidade para discussão política e negociação, anticanos consomem
mais e mais bebida, só parando quando a inevitável briga acontecer. As
mesmas podem acabar com risos, ou o coração de alguém trespassado por
uma azagaia.
Grouros tradicionais reverenciam o leão montanhês como um
símbolo de Idura, evitando ferí-lo mesmo quando ataca rebanhos. Já os
pretorianos caçam esses animais, usando a pele e juba como adorno.
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