domingo, 15 de outubro de 2017

Sacrifícios aos Deuses

O duque Dirad e suas tropas mataram uma hidra em suas terras, o ducado Dirad na região de Yaros. Logo após, cunhou moedas de prata comemorativas do tesouro da criatura, distribuindo-as entre os soldados. Todas foram dedicadas a Bellifalco, deus dos heróis. O duque clama que nos anos seguintes, isto fez com que aventureiros surgissem na sua região, pacificando-a de monstros e ameaças.


     Deuses trazem benefícios aos que os adoram. As suas maneiras são muitas vezes inescrutáveis e até anônimas, mas basta estudar sobre os amarantos e outros povos abandonados pelos próprios deuses para entender a necessidade de patronos e matronas divinas. Retribuições deste cuidado são apropriadas e vitais, e uma forma universalmente aceita são sacrifícios. Felizmente, o panteão nortenho é civilizado e não exige o assassinato de mortais, apenas bens, mercadorias e animais. Sacrifícios são indispensáveis quando se pede algo específico e imediato dos deuses, mas não espere que hajam garantias. Sacrifícios mirrados podem até ofender e trazer péssimos destinos. Por isso é importante observar algumas maneiras que aumentam as chances de que a atenção divina seja propícia ao invés de maldita:

  • Os rituais devem ser seguidos rigorosamente. As cerimônias, gestos e palavras são tão importantes quanto a etiqueta que um reino conquistado usa em frente ao general vitorioso para negociar os termos de sua rendição. Por exemplo, sacrificar espadas de inimigos vencidos para Camulus exige que as lâminas sejam entortadas, para que a arma “morra”.
  • Um sacrifício deve ser pessoal e significativo. Deuses não aceitam que alguém simplesmente roube de outro ou consiga sem dificuldade alguma.
  • O sacrifício deve ser valorizado pela divindade invocada, como cereais para Corallin e matérias-primas para Ourgos.
  • Um sacrifício se torna inutilizável após oferecido. Animais morrem, espadas enferrujam, estátuas quebram. Portanto não ofereça algo que a divindade considere sagrado: Palpaleos fica zangado com a morte de cavalos, Corallin em relação a corujas, e Ourgos desdenha de quem desperdiça um artesanato que custou dias para ser feito.
  • Escolher o lugar e hora certas também é importante. Carnifex e Corallin apreciam sacrifícios sob a terra, mas agradar Diveus requer sol, e Palpaleos gosta dos cruzamentos. Sacrificar durante o mês da respectiva divindade também ajuda.
  • Tesouros e artefatos de deuses inimigos são muito valorizados. Diveus aprecia que o totem de um deus bárbaro seja despedaçado, já Nyxcilla se deleita quando uma balsa cheia da terra de santuários de deuses terrestres é afundada em sua honra.
  • Naturalmente, uma maior quantidade ou qualidade nos sacrifícios agrada mais. Cem ovelhas são melhores do que dez, mas as dez melhores ovelhas são melhores do que as cem piores do rebanho.
  • Para quem não tem posses, ainda é possível abdicar de algo mais abstrato. Existem histórias em que Bellifalco já aceitou as façanhas e títulos de outros, pessoas cujas ações e fama se tornaram desconhecidas em troca de algo mais urgente e concreto como um cavalo no meio do nada.

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