terça-feira, 3 de outubro de 2017

Nyokakuba

Kahonua, ó mãe-terra quente, fogo da alma, grande terra rica, mestra do vulcão.
Que seus Fetiches Sagrados protejam a minha tribo e evaporem o mal.

-Prece de Moto Mapokeo Ya (Folclore do Fogo), Volume Doze.


      Os catorze dragões divinos de Kahonua: sangue de magma; escamas de granito e corindon ofuscante; cabeça encouraçada com obsidiana; hálitos capazes de derreter metais; mas o seu maior poder é o de conferir a autoridade divina aos príncipes, para que governem os seus respectivos principados kosinbianos. A cada um deles uma serpente divina é concedida, e as duas restantes guardam a cidade sagrada, Kahonuterasi. Seguindo o exemplo desta última, a capital de cada principado foi construída em torno de uma caldeira vulcânica que serve de ninho à respectiva dádiva da deusa. Quando um novo príncipe assume, a Nyokakuba troca de pele. As escamas velhas são então trituradas para que o pó cubra o novo príncipe, tornando-o capaz de sobreviver a qualquer calor e ao contato físico com a serpente que lhe serve como a coroa serve a reis estrangeiros. Contudo, apenas uma pequena parte deste pó protetor é usada; o restante fica sob controle do príncipe, que concede como recompensa aos heróis e aos campeões que beneficiam o seu principado.


 O ninho da Nyokakuba do Principado de Danxome.

Onde a serpente sagrada rasteja, o solo se torna uma trilha plana de terracota que serve de 
estrada mesmo se não for pavimentada depois com cerâmica em padrões de escamas.

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