sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Feidralin, etnia dos altos elfos

Nas profundezas de florestas milenares seres de sabedoria lendária ocultam-se do mundo exterior. Do alto das copas das árvores, vultos saltam de galho em galho, com graça e leveza, apenas para posicionarem-se de forma adequada para disparar uma flecha certeira contra um inimigo. Nas planícies abaixo, compatriotas vestidos em aço e montados sobre cavalos desferem uma carga fulminante.

Cansei de quebrar hastes de lança tentando chegar nos pontos vitais de criaturas enormes, então eu criei uma arma adequada à tarefa.
- Beatrice Divereux Palatini, marquesa de Divereux, comandante da Guarda Boreal, nora do imperador Basileus Quatre Palatini. Desenvolveu a espada do tipo “estoc” durante as temporadas de pacificação da floresta Viridis Orcum.

Os Elfos Clássicos


     Os feidralins são a etnia mais dominante e comum de elfos existentes em Ghara. Embora não sejam os únicos, o povo é tido como um sinônimo da palavra que dá nome a raça. Muitos acreditam que as demais etnias foram em algum momento feidralins, ou uma única raça em comum a todos. Feidralins demonstram sabedoria, paciência e dedicação invejáveis às demais raças, principalmente humanos. Longevos, um feidralin amadurece relativamente na mesma velocidade que um humano, mas tende a viver por muito mais tempo. Quanto, exatamente, é um segredo que nenhum elfo sabe dizer ou não deseja que outros saibam. Com tantos anos a sua frente, feidralins preferem aperfeiçoar seus conhecimentos através de detalhes precisos e delicadeza ímpar.

     Toda essa dedicação e cuidado pode ser visto mesmo em tarefas mais árduas, como a guerra: feidralins não aderem a conflitos que não tenham um significado muito importante para eles, afinal, um feidralin tem muito mais a perder que as demais raças. Quando o fazem, no entanto, são companheiros leais e dignos, tão competentes e velozes com suas espadas e arcos quanto o mais bruto e apto dos bárbaros.

Da Escravidão a Realeza


     A história do passado longínquo dos elfos se perde no tempo. Se sabe que os feidralins foram criados por poderosos seres feéricos que dominavam o mundo no Ciclo Lítico. Acorrentados às fadas, feidralin eram incapazes de nascer, morrer e viver como qualquer mortal possuidor de alma. A sua rebelião nasceu da inveja dos mesmos, tornando irônico que muitos entre as outras raças agora invejem as qualidades dos feidralin. Em um evento que culminou em sua libertação, os elfos  conquistaram espaço e tempo o suficiente para fugirem. Agora donos de seus próprios destinos, os feidralins espalharam-se pelo continente sarbenho. Muitos invejavam, no fundo, a luxúria de seus antigos mestres e criaram seus próprios tronos. Outros desejavam apenas a liberdade de poder tomar suas próprias decisões, e partiram por outros caminhos. Muitos reinos foram criados em regiões arbóreas hoje inexistentes, devastadas por migrações orcoides no norte khejali. Os sobreviventes fundaram Arcádia e Viellvier, ambos absorvidos pela União dos Ducados Imperiais. Alguns elfos ainda se ressentem desta "submissão", mas a maioria concorda que nunca estiveram tão fortes, numerosos e importantes como nos dias de hoje, pois Arcádia tornou-se o ducado de Sycamore, um dos pilares do Império do Norte.

A Criação da Escrita


     Sábios e escribas acreditam que a grande "arma" utilizada pelo povo feidralin na sua rebelião frente às fadas tenha sido a própria escrita. Seres de grande poder como eram, as fadas eram detentoras dos destinos e futuro dos elfos. Escrever histórias e registrar momentos através das palavras foi uma forma engenhosa que o povo feidralin encontrou de arrancar o controle de seus algozes. Eles são rápidos em afirmar que este é o seu maior legado aos povos do continente, e talvez tenham razão.

     Embora haja pouca discussão a respeito deste assunto, outros pesquisadores alegam que parte desta história não é verdadeira: os feidarash é quem teriam sido os primeiros a inventarem o ato de escrever. A discussão acerca deste tópico nunca parece chegar a um consenso, ainda mais quando há dois elfos de etnias diferentes no mesmo recinto.

Locais de Importância:


  • Ardenellíe - A capital do ducado de Sycamore é um bosque de figueiras gigantes entrelaçadas nas planícies centrais de Feídr. As árvores élficas são altas como catedrais e largas como cidades. Muitas raízes saindo dos galhos formam troncos secundários e ainda assim enormes. E os galhos de uma avançam na copa da outra. Alguns dos mais de cem mil habitantes são tão dedicados às árvores que se desacostumam a pisar no chão. A maioria das casas estão penduradas à treliça de galhos, cipós e cordas de seda. Ardenellíe é o maior centro de produção agrícola em toda Feídr e fonte de quase toda a seiva-vidro no império. Um conselho de anciões e chefes de guildas administra a cidade. A maioria da população é feidralin, mas um entre cinco habitantes são feidarashes.
  • Santuário Vanyandë - Um pequeno bosque próximo da região central de Kavaja, o hall é conhecido por ser um local repleto de vida, incluindo criaturas feéricas tímidas. Recentemente, grupos de feidarashis armados tem se reunido no interior do local com algum intuito misterioso. Tudo o que se sabe é que não-elfos não são bem vindos e já houve relatos de ações hostis por parte dos feidralins. Boatos afirmam que o grupo trabalha em segredo para uma famosa casa élfica do Império do Norte.

 

Traços dos Feidralins


Os feidralins podem ser representados com os mesmos traços de um típico Alto Elfo (consulte o Livro do Jogador).

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