A Superfície Morta
As cinco "ilhas" que formam o arquipélago rastejante são unidas por centenas de cordas feitas de vísceras titânicas. Poucos seres vivos viram as paisagens quase sempre ocultas nas profundezas do oceano. Um número menor ainda retornou. Os que o fizeram dizem que não é possível ver, ouvir ou cheirar algo em Neftul sem sentir morte: a maior parte da superfície são planícies de desolação pedregosa e esculturas talhadas de costelas grandes como árvores; aqui e ali, recifes de corais venenosos; é difícil dormir pois a própria terra treme com dores, os ventos são frios e trazem os lamentos dos mortos; gêiseres cospem nevoeiros de metano que nauseiam e engasgam os vivos desafortunados de estar aqui.
Na ilha central, ghouls patrulham favelas-necrópoles abarrotadas com zumbis hibernantes. Os únicos seres vivos comuns são caranguejos carniceiros que devoram toda a carne viva ou morta em seu caminho, além de gigantes que exalam miasmas tóxicos e ácidos de suas gangrenas. E não é fácil sequer conseguir ver tudo isso: qualquer embarcação que se aproxime é logo alvo de navios puxados por baleias reanimadas até a superfície das águas. No convés, balistas e trabucos feitos de ossos e tendões que se recarregam e disparam sozinhos.
As Pirâmides Esqueléticas
A Necrometrópole
Centro de poder do arquipélago rastejante, o Arqui-Distrito de
Neftul é uma península ligada à ilha central por um istmo gordo. Logo
após deve-se cruzar uma passarela composta de inúmeros fósseis, alguns
dos quais atacam intrusos. Do contrário arriscam-se a lidar com a
Caverna Podre. Um vasto cânion escuro de onde emana um miasma viscoso
que já deteriorava os quatro elementos quando o mundo era jovem, cercado
de escarpas brancas, pontudas e arruinadas por fungos. O Arqui-Distrito
reúne os vários palácios, castelos e necrópoles da aristocracia
deturpada local, reunindo seres como Obsidianu, lorde-progenitor dos asasan; a rainha ghoul Ereshkigal; Nirgali, o oráculo mumificado que só prevê guerra, fome, morte e pragas; o capelobo chamado Abaddon, rei dos gafanhotos; os generais dos trepanadores, lanceiros de elite que montam grifos com cabeça de urubu.
No centro de tudo e todos, encontramos o Monolítico, a morada pessoal do lich Arcantos. Entalhado de um bloco maciço de granito cinza, suas passagens internas são adornadas com os restos mortais de culturas, povos e ideologias extintas. A Câmara Arcantina é o misto de laboratório, oficina, catacumba e ateliê onde fica o trono de fel cristalizado. Dali ele comanda os vermes titânicos que arrastam Neftul pelas profundezas oceânicas, cuja ausência de sol e ar favorece aquilo que não está inteiramente morto.
Instituição dedicada à morte sem fim. Seus assassinos possuem técnicas capazes de prevenir a ressurreição. Formalmente, são proibidos na maioria das nações. Informalmente, a maioria das nações já empregou seus serviços. Dizem que a sua elite, os Ctônicos, são capazes de assassinar qualquer coisa, inclusive deuses.
No centro de tudo e todos, encontramos o Monolítico, a morada pessoal do lich Arcantos. Entalhado de um bloco maciço de granito cinza, suas passagens internas são adornadas com os restos mortais de culturas, povos e ideologias extintas. A Câmara Arcantina é o misto de laboratório, oficina, catacumba e ateliê onde fica o trono de fel cristalizado. Dali ele comanda os vermes titânicos que arrastam Neftul pelas profundezas oceânicas, cuja ausência de sol e ar favorece aquilo que não está inteiramente morto.
Academia da Morte Eterna
Instituição dedicada à morte sem fim. Seus assassinos possuem técnicas capazes de prevenir a ressurreição. Formalmente, são proibidos na maioria das nações. Informalmente, a maioria das nações já empregou seus serviços. Dizem que a sua elite, os Ctônicos, são capazes de assassinar qualquer coisa, inclusive deuses.
As Entranhas
As entranhas de Neftul são tumbas onde nem ratos ou baratas ousam entrar. Arcantos cultiva coisas insalubres aqui: plantas que absorvem escuridão; anões sem olhos mas com sentidos aguçados para magnetismo; pólvora maldita; gumeras que acumulam cem animais diferentes; tornados compostos de fantasmas; lobos que só farejam a morte; colossos feitos de cadáveres costurados. Dezenas de milhares de quilômetros de túneis e câmaras escondem um sem-número de horrores. E ainda assim, existe alguém que desbrava estas profundezas: Gemaak, um aventureiro viciado em aventuras e tesouros. Arcantos até gosta desta "peste" que não consegue descansar até pilhar todas as coleções de artefatos, relíquias e criaturas que ele acumulou ao longo dos milênios. O grande lich usa o grande aventureiro como um passatempo, um jogo de gato e rato eterno em um labirinto sem fim. As bocas alheias não conseguem concordar se Gemaak fica lá porque não consegue sair, ou não quer.
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