Este baronato tem a função de impedir que a mácula necromântica
desta região ameace o restante do império. Os locais dizem que Lecta
ficou assim quando Arcantos espalhou doenças por Ghara há cerca de mil
anos atrás. Os arredores são insalubres, quietos e com um cheiro
inquietante. Algumas ruínas ainda tem manchas humanóides formadas pelos
resíduos de pessoas em decomposição, parecendo obras pintadas com
fluidos coagulados.
A
imensa quantidade de matéria orgânica decomposta garante que sempre há
algo queimando aqui e ali, focos sem chamas e muita fumaça. Os guardas
do baronato afirmam que alguns desses gases assumem a forma de animais e
pessoas que morreram ali, incluindo patrulheiros que eles conheceram.
Pessoas vem aqui coletar e vender a turfa, dizendo que usá-la como fumo em um cachimbo permite ver e interagir com uma alma incorpórea por um curto espaço de tempo. |
Uma tradição ilegal e mais antiga do que o império é enterrar
barris com corpos amarrados aqui. Após algum tempo, muitos desses são
reanimados pela energia necromântica ambiente, sendo então desenterrados
e vendidos império afora. Barris-de-zumbis já foram
confiscados de arenas a milhares de quilômetros de distância, ou usados
para sabotar navios de comerciantes rivais. Nos últimos cinquenta anos,
pelo menos duas guildas criminosas associadas a esta prática foram
desmanteladas e dez aventureiros foram executados, mas cedo ou tarde
surge outro grupo interessado em lucrar com isso.
O embaixador technogestáltico já propôs ao senado a construção de um bunker para explorar o bolsão de
fel, que também fabricaria peças sobressalentes para os cavalos de
ferro importados pelo império. Os senadores caledonianos tentam
convencer os demais dos benefícios, mas o consenso é de que os riscos em
atrair o interesse de Neftul não compensam. Tanto o culto de Carnifícius quanto os Sicarcani tentam descobrir o que torna a região tão vil e mais corrompida do que outros lugares que acumulam fel. Enquanto isso, a Ordem Athanatoi mantém uma comanderia permanente aqui.
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