Consigo estimar se conseguirei produzir as quotas de armas imperiais
pelo barulho vindo das paredes todo dia, mas tenho que usar guardas
surdos porque o mugido de um touro bravo seria afogado pelas
marteladas de meus leais artesãos anões.
-Barão Culver. Todo dia, o seu baronato engole
centenas de lingotes de ferro e bronze para produzir lamelas, elmos, lâminas, canhões etc, além
dos armamentos exóticos que o barão consegue imaginar.
O barão Caleb Culver é um excêntrico e genial inventor a serviço do imperador. Ele é responsável pela construção das Muralhas Palatinas, equipar os Ursos de Palatini, manter um arsenal em prol da capital, assim como diversas inovações, ferramentas e armas. O baronato ocupa a área a oeste da capital Noster Amaranthi, fornecendo assim uma segurança extra às consideráveis defesas urbanas. Culver também comanda diversos fortims e torres de vigia nos rios que desembocam no Lago Grande, cobrindo pontos estratégicos.
As diversas marcas de queimadura no corpo do barão atestam a sua inventividade e gosto pela pólvora. Aventureiros de companhias sancionadas são frequentemente encarregados de testar máquinas, ferramentas e armas desenvolvidas por Culver: algumas falham, outras não. Companhias sancionadas também têm o direito de comprar armamentos exóticos aqui, os quais incorporam materiais e peças kosinbianas, grouras e até scarnostianas.
A usina hidromecânica é o o orgulho de Culver: a segunda maior e mais complexa máquina já construída no Império do Norte (superada apenas por Antikythera), fornecendo energia através de alavancas de madeira interconectadas para duzentas e cinquenta bombas, oficinas, forjas, serrarias e martelos hidraúlicos. Catorze rodas d'água que não apenas fornecem energia, mas também alimentam um aqueduto de Noster Amaranthi. Caso necessário, a usina pode bombear um milhão de galões d'água em vinte e quatro horas, criando um estrondo ensurdecedor no processo. Sessenta operários e um número igual de soldados garantem a sua manutenção e segurança. O castelo do barão é na prática uma fábrica tão complexa e produtiva que também é um templo do deus do trabalho, Ourgos. Diversos sacerdotes e clérigos estão na folha de pagamento de Culver, fabricando artesanatos abençoados, desde pregos até forjas cuja temperatura é ideal e nunca muda.
O baronato também acomoda um enclave
scarnostiano, onde engenheiros mantém a estação inicial dos cavalos de
ferro que seguem pela ferrovia imperial: locomotivas a vapor importadas
de Technogestalt. Uma tecnologia cara e única em toda Sarba. O enclave
inclui oficinas para criar peças sobressalentes, guardas geisthanes em
armaduras mecânicas e até canhões pneumáticos para proteger as
tecnologias secretas de Technogestalt. Apenas mensageiros imperiais, tropas nortenhas, funcionários importantes e companhias sancionadas têm o direito de embarcar em um dos trens. O líder do enclave é o embaixador scarnostiano.
A
maior frustração de Culver é não ter conseguido criar um motor a vapor
capaz de mover os trens imperiais. No processo, percebeu os limites do
artesanato manual, mesmo se feito por anões, e acredita que precisaria
de ferramentas scarnostianas como furadeiras e tornos mecânicos para
alcançar o seu objetivo. O problema é que, não apenas tais máquinas
teriam que ser contrabandeadas de Scarnost, também criariam um sério
incidente diplomático com Technogestalt e o computador analógico que a
comanda, Tecnogeist.
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