quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Palácio Imperial

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O Palácio Imperial sobe aos céus como se quisesse desafiá-los. Ao amanhecer e ao anoitecer, a sua sombra se estende muito além dos muros da capital. Uma torre monumental de cento e sessenta metros de altura toda revestida em mármore branco, foram necessários quinze anos e dezenas de milhares de trabalhadores para ser erguida. Nada foi importado, todos os materiais usados têm origem no império. O Palácio Imperial e a sua integridade física são um símbolo do poder, recursos e longevidade da União dos Ducados Imperiais, portanto, uma rachadura sequer foi admitida na construção. Para defesa, cada andar possui de quatro a oito canhões. Guaritas com falconetes raiados nos andares ímpares são usadas contra ameaças voadoras. As defesas mágicas incluem contra-adivinhação estendida a todo o palácio, exceto em um andar. Além disso, existem dois videntes dedicados a prever ameaças específicas à torre. Os tijolos usados na construção foram fabricados e individualmente abençoados por sacerdotes de Ourgos para que fossem altamente resistentes, também dificultando a entrada de espíritos e criaturas intangíveis. Os pilares e contrafortes são feitos de concreto reforçado pelos ossos de um titã. Magos de combate usaram diversos efeitos alquímicos e mágicos para testar as defesas de cada andar. Os arquivos públicos registram que em dado momento, um meteoro foi conjurado para bater contra o palácio. Na colisão, foi ele que se partiu em pedaços, mas as paredes continuaram de pé. Aventureiros foram contratados para se infiltrar na torre, mas nenhum conseguiu passar do 17º andar.

O Palácio foi construído no topo de uma colina coberta com doze níveis de terraços octogonais. O terraço mais elevado abriga o quartel da Ordem dos Guardiões da Coroa Boreal, a guarda pessoal do Imperador. O Palácio e a colina caem sob a sua jurisdição, conforme demarcado pelos marcos nas esquinas octogonais: as Arcadas de Cippis, o Justo. Apenas eles têm autorização para portar armas e montar animais nessa área. Os pódios elevados espalhados pelos terraços podem ser usados por qualquer cidadão para discursos, aulas, reuniões, piqueniques e outras atividades sociais.

Os andares são separados da seguinte maneira:

Os subsolos têm catacumbas e minas exauridas anteriores ao império, da época em que a cidade era apenas uma cidade-estado entre muitas. Atualmente, abrigam masmorras para prisioneiros importantes, como os líderes da revolta no ducado de Terra Preta, tumbas de antigos imperadores e senadores. Também inclui um poço e cisternas exclusivas. O quartel-general dos Sicarcani é aqui, de onde o mestre espião Clóvis os comanda.

1° andar: salão de proclamações públicas e cerimônias. A parede norte possui um alto-relevo composto por um mosaico mesclando porcelanas coloridas, diversos granitos, conchas e ametistas, formando o mapa do império. A linhagem da mestra Aglade Tiennelle, criadora do mosaico, encarrega-se de manter o mapa atualizado. De toda a torre, apenas esse salão é aberto ao público e, quando o imperador se retira aos seus aposentos, a Coroa Boreal fica exposta em uma abóbada de seiva-vidro. No entanto, as bocas alheias afirmam que essa é apenas uma réplica. O térreo é cercado por treze pilastras de adamante abrigando altares, cada um dedicado a um deus e brilhando no mês correspondente à divindade. Entre as pilastras, arcobotantes sustentam os sinos que badalam o fim de um mês e o início de outro.
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ee/Stained_glass_window_in_a_mosque_in_the_Old_City_of_Jerusalem_%2812393551704%29.jpg/160px-Stained_glass_window_in_a_mosque_in_the_Old_City_of_Jerusalem_%2812393551704%29.jpg

2º ao 15º: o salão do senado e os aposentos dos senadores. Vidraças altas mantém o salão senatorial iluminado pela luz de Diveus. Apesar de ser um lugar onde mesmo duques exibem certa humildade, os senadores são surpreendemente abertos a conversar com a plebe, exibindo olhares que calculam as forças e fraquezas de cada indivíduo. As vidas de milhões são decididas em discussões que podem tanto exibir retórica impecável quanto palavrões vulgares.





https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/e/ea/Savoyard_armour_IMG_3805.jpg/160px-Savoyard_armour_IMG_3805.jpg16º: arsenal. Aqui fica um estoque excelente de armas e armaduras de todo tipo, de fundas a balas de canhão, de adagas a bardiches, de camisões acolchoados a placas completas. As bocas alheias dizem que o equipamento inclui até armas e armaduras mecânicas vindas de Scarnost

17º: Os registros públicos não dizem o que existe neste andar. Embora possa-se contar todos os andares do lado de fora, as escadas e elevadores (movidos por moinhos de vento no topo) vão do 16º direto ao 18º. Quem passa por aqui, sente uma angústia desagradável que ninguém deseja sentir novamente.

18º: aqui ficam os espelhos mágicos com que o imperador e senadores mantém comunicação instantânea com os ducados. São cerca de duzentos espelhos de dois metros de altura e um de largura, exibindo paisagens distantes, quase como janelas ou portais. Através deles, burocratas e nobres separados por milhares de quilômetros trocam informações e mantém o império unido.

19º e 20º: tesouro de guerra imperial. Quem entra se depara com quatro golens em guarda perpétua. Atrás deles, fica uma porta de ferro que pergunta pela senha a quem se aproxima, punindo os invasores com gritos ensurdecedores e chamas. O tesouro consiste de espólios de guerra, como panóplias mágicas, e é usado para financiar campanhas militares. Quando necessário, funcionários de lealdade impecável retiram alguns itens, leiloando-os no primeiro andar para nobres e companhias sancionadas.

21º: o andar inteiro é um grande salão circular para reuniões formais e banquetes. Uma cozinha no centro usa ingredientes de todo o império e além para deleitar os olfatos e papilas dos convidados, servindo maravilhas como costelas de megatério temperadas com pimenta feérica e língua de beijo-de-flecha com hortelã. Eles também sempre preparam o prato favorito do imperador, batata com cebolas fritas.

22º ao 26º: áreas administrativas e burocráticas, assim como os arquivos imperiais mais secretos: censos, profecias, biografias banidas e pessoas cujos nomes foram apagados da história imperial. O cheiro de papel velho permeia os andares. Devido à profusão de documentos, qualquer incêndio seria catastrófico. Para evitar isso, estes andares usam pirilampos gigantes como fonte de iluminação.

27º: escritórios dos ministros; Ministério Primário, Defesa, Assuntos Externos, Assuntos Internos, Agricultura, Comércio e Conhecimento. Estes homens e mulheres atuam como grandes fiscais, averiguando as condições do império, preparando relatórios precisos ao senado e imperador e então ratificando as decisões dos mesmos.

28º: salão do trono imperial. É onde acontecem as audiências com o imperador. O trono é feito de ferro com decorações em prata. As paredes possuem diversas alcovas abrigando altares com as efígies de imperadores passados. Estas são feitas por cada imperador ou imperatriz ao assumir o trono e retiradas da Coroa Boreal após cumprirem o ciclo de ocupar os diversos encaixes na mesma até darem lugar a novas efígies. Assim, as almas de antigos imperadores podem presenciar os afazeres do atual e até opinar quando são invocados através das Efígies Coroais. Numa demonstração de sua magnanimidade, a coroa permite que qualquer cidadão imperial assista às audiências, desde que reserve a sua presença antecipadamente. Na prática, é muito difícil arranjar um lugar.

29º: aposentos do imperador, Basileus Quatre Palatini e a sua família: a esposa, Diva Palatini; o filho, Vasilios Palatini; a nora, Beatrice Divereux Palatini; e os netos do imperador.

30º ao 35º: Ordem dos Hipogrifeiros. Inclui terraços de onde eles alçam voo. Daqui eles carregam mensagens militares direto aos baronatos. Do 35º andar, é possível enxergar a até quarenta quilômetros de distância, ver as aldeias e campos cultivados que sustentam Noster Amaranthi, assim como as explosões frequentes no baronato Culver.

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