terça-feira, 30 de janeiro de 2018

Corallin, Deusa-Mãe



Sem terra 

não há raiz

Sem chuva 

não há fruto

Sem rocha 

não há ferro

Sem Corallin 

não há Natureza


Nomes e Epítetos: Grande Mãe, Mama Gorakh,
Mati-Syra-Zemlya, Prababuskha, Rainha dos Metais
Tendência: NB Domínios: Life, Nature e Protection
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/9/90/Alkhan_Khee_2.jpg
Símbolo: Nó Infinito

     A riqueza do império é fruto da terra. Campos arados alimentam milhões; rochas concedem prata e ferro; o título de um aristocrata é definido pela extensão de seus domínios; a União dos Ducados Imperiais não seria nada sem a terra. E é por isso que Corallin, aquela que defende os reinos animal vegetal e mineral - personificação da fertilidade do solo e das riquezas subterrâneas - , é a maior das deusas imperiais.

Maravilhoso, não? Mas esta estátua da deusa representa a sua menor forma. Corallin é as montanhas coroadas com neve, é o rio que entalha a planície, as florestas e selvas e feras. Ela permite que usemos de seu corpo para plantar trigo e alimentar cavalos, pois quer que cresçamos fortes e sadios. Dela somos constituídos e para ela retornaremos, pois Corallin renova nossas almas para as próximas vidas. Portanto, respeite os limites que a deusa impõe. Lembrem-se de como gentileza e carinho não são fraquezas, pois os terremotos, as enchentes e as tempestades de granizo também são de Corallin.
-Madame Dexanthe, druida-mor do Círculo das Areias Brancas.

     Bosques, rios, montanhas, cataratas... todas as formações naturais dignas de nota são sagradas para o culto de Corallin. A expansão do Império do Norte gerou conflitos religiosos entre os fiéis de Corallin, assim como contra os cultos de Ourgos e Diveus. O derramamento de sangue acabou apenas em 1224 Pós-Idura, quando o druida-teólogo Mandilus argumentou que império e deusa poderiam entrar em simbiose ao invés de competirem. Mortais poderiam alterar a Natureza assim como o elefante destrói árvores e a formiga escava o solo, mas a Natureza também teria direitos tal qual um cidadão nortenho. Desde então, muitos sacerdotes e druidas a representaram em tribunais nortenhos, evitando abusos e buscando o bem das pessoas, dos animais e dos vegetais. Isto impediu coisas como a destruição de muitos bosques, a extinção de certas espécies e a mudança do curso de vários rios. Houve situações em que os direitos da natureza foram desrespeitados, então a própria deusa interviu: toda criança já ouviu como o conde Vergot desmatou um santuário. Na mesma noite, durante o jantar, o seu castelo de madeira e pedra se desfez em pó, soterrando todos lá dentro.

     A civilização nortenha só atingiu os números que têm graças às bênçãos e conhecimentos do culto da deusa-mãe: poderes proféticos que preveem o clima, as condições de uma gravidez e outras incertezas que podem ameaçar vidas; formas de evitar pragas e aliviar secas; os benefícios de manter áreas verdes intocadas por perto; como usar o polén vindo de Ka'aari para produzir adubos encantados; rituais que descobrem veios de minérios.

    Muitos templos de Corallin possuem infraestrutura para guardar alimentos, criando reservas comunitárias em troca de um dizímo em espécie, que é usado para o sustento do templo e doado para quem precisa. Assim, o culto de Corallin funciona como um sistema de auxílio contra a fome associada a muitos desastres como enchentes, invasões etc. Corujas estão sempre presentes nos templos: caçam ratos e salvam toneladas de grãos a cada ano. Diversos templos as consideram sagradas, proibindo que sejam maltratadas pela população local.

     Entre os shardokan, Corallin tem algumas distinções. Seus templos são frequentemente a céu aberto, centrados em poços, fendas ou cavernas naturais. Tais espaços subterrâneos tornam-se depósitos de oferendas, como goles de cerveja, a primeira pepita de uma mina recém-aberta, pães etc. Minas exauridas ou abandonadas tornam-se necrópoles, seguindo a ideia de que se um vazio na terra foi criado por mortais, deve ser preenchido pelos mesmos.

     Outras crenças incomuns incluem a de que Corallin não aprecia o que os mortais fazem do ferro, e que a ferrugem existe para limitar o poder do metal nas mãos dos homens.

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