A
avenida principal é a artéria municipal, sem a qual Noster não
funciona. Com cem metros de largura e cinco quilômetros de extensão, é
iluminada à noite por grandes faróis divinos mantidos pelo poder de
Diveus. São cerca de uma dúzia, todos altos como as torres de catedrais.
A base desses faróis acomodam capelas sempre fartas com sacrifícios
dedicados ao deus-sol, intocados, pois nem ladrões desesperados acham
uma boa ideia roubar algo que é de direito do deus da justiça. Os faróis também são usados pela milícia como postos de vigia.
Dezenas
de milhares de tendas, barracas, estandes, vendedores ambulantes,
carroças e lojas ao longo da avenida vendem tudo o que alguém possa
precisar, de cerveja, capivaras vivas, ervas medicinais e pão trazidos de uma vila próxima
até pólvora, escravos, chocolate e marfim vindo do outro lado do continente.
Alguns desses estabelecimentos ficam abertos dia e noite. Atrações como
lutas de rua, teatros improvisados, dançarinas, profetas e shows de
magia complementam as atrações da avenida que na prática serve de
mercado público. Cheiros que vão de bosta de cavalo a incenso de jasmim podem ser sentidos simultaneamente. Mendigos dão passagem às comitivas de nobres. A milícia têm grandes dificuldades para manter o acesso
para as pessoas, veículos e até caravanas que passam por aqui todos os
dias. Em meio às multidões e barulho, sempre pode-se encontrar um ou
outro ladrão. Tudo é um caos levemente mantido sob controle, sempre a ponto de transbordar. Centenas de eventos acontecem a cada segundo, e ninguém consegue ficar sabendo de tudo o que houve em um único dia, apesar do mendicante com cheiro de ovo cozido ao seu lado jurar que sim, existe alguém...
A capital é cosmopolita, e em nenhum lugar isso é mais verdadeiro do que na Avenida Imperial; sultões turistas observam do topo de seus homens-elefantes; muitos nem prestam atenção nesse ou naquele golem abalmiano; já o piromante kosinbiano mascarado faz sucesso ao manejar bolas de fogo com os pés; os hipogrifos vigiando dos céus são costumeiros; lilins podem entrar nas tavernas sem causar muita estranheza; mas hobgoblins escarificados e seus animais podem ser alvo de represálias por parte de grupos de elfos bêbados e ressentidos com a vida; anões shardokans carregando gelo em cães gigantes quase atropelam silberines vindos de Myrjall que vendem pequenos altares; umóks se encantam com as onças à venda.
A capital é cosmopolita, e em nenhum lugar isso é mais verdadeiro do que na Avenida Imperial; sultões turistas observam do topo de seus homens-elefantes; muitos nem prestam atenção nesse ou naquele golem abalmiano; já o piromante kosinbiano mascarado faz sucesso ao manejar bolas de fogo com os pés; os hipogrifos vigiando dos céus são costumeiros; lilins podem entrar nas tavernas sem causar muita estranheza; mas hobgoblins escarificados e seus animais podem ser alvo de represálias por parte de grupos de elfos bêbados e ressentidos com a vida; anões shardokans carregando gelo em cães gigantes quase atropelam silberines vindos de Myrjall que vendem pequenos altares; umóks se encantam com as onças à venda.
De
vez em quando, um nobre, senador ou o próprio imperador patrocina uma procissão triunfal: cavaleiros
portando lanças envoltas em louros e penas rubras, escoltando um vagão
com uma maquete mecânica da vitória, pequenos soldados de madeira
fugindo da carga fulminante da cavalaria de prata. A retaguarda traz os
prisioneiros, selecionados e mais bem vestidos do que a multidão, pernas
acorrentadas e portando armas tortas. Pães são distribuídos a todos,
angariando apoio popular ao responsável.
Muitos prédios importantes para o funcionamento da cidade ficam ao longo da avenida: dezenas de guildas, desde a sede decrépita dos estivadores à sinistra torre negra dos necromantes oficiais, do estábulo de vários andares dos criadores de cavalos à sede subterrânea dos caçadores de ratos e amebas gigantes; os escritórios dos magistrados municipais, cada um responsável por um distrito e um séquito de submagistrados, fiscais e inspetores, que por sua vez tentam organizar uma burocracia municipal labiríntica; mistos de tribunal e templo de Diveus permitem que qualquer um assista os julgamentos; e cada um dos outros deuses têm meia dúzia de templos diferentes na avenida, alguns competindo com os demais em popularidade, doações e sacrifícios, chegando ao extremo das escaramuças entre os templos de Camulus. Para quem está disposto a se arriscar, numerosos becos e fundos de lojas oferecem produtos de origem questionável ou simplesmente proibidos à maioria: narcóticos, ovos de hipogrifo e venenos são algumas das opções.
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