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Uma das razões para usar navios velhos como prisões é para tentar livrar as margens nos arredores da capital de cascos abandonados. Eles sempre acabam tornando-se cortiços imundos e antros de miseráveis. |
Um porto movimentado como o distrito de Byrsa resulta na passagem
diária de diversas dezenas de navios, barcos e balsas. Acidentes,
desgaste e danos resultam em diversos cascos capazes de pouco além de
flutuar em águas calmas. Encalhados de propósito nos bancos de areia que
cercam um rochedo no centro do lago, são convertidos em prisões
flutuantes sob vigia da torre no cume da rocha. Assim, dezenas de cascos acomodam milhares
de criminosos em condições deploráveis. Cascos lotados são vendidos a um feudo ou colônia necessitando de mão-de-obra escrava.
Nestes casos, serão diretamente rebocados até seu destino, ainda incerto
mas um avanço em relação a passar os dias tentando pescar pelas grades
da portinhola. A mortalidade é alta. Os prisioneiros devem entregar os corpos para prevenir epidemias, canibalismo e que façam armas dos ossos. E caso joguem-nos na lagoa, sempre há a chance de que se tornem mortos-vivos. As autoridades municipais dizem que isto é a razão de haver tantos zumbis nos esgotos e o ocasional corpo à deriva perto do porto. As condições lá dentro são inumanas: o ar é tão fétido que corpos não são percebidos pelo cheiro antes de dez dias de decomposição. Apesar disso, a ideia vem se espalhando: outras metrópoles com grandes portos vêm acomodando mendigos, loucos, indesejáveis como os
rúnicos e escravos em cascos reformados. O culto de Melúcia, deusa do amor, beleza e prazer, espera fazer com que o próprio Diveus, deus da justiça, intervenha nestas condições dignas de
Neftul.
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Durante uma conversão quase tudo além do casco é removido, velas, cordas e mastros. Mesmo se uma revolta tiver sucesso o navio ficará imóvel, tendo que escolher entre se render ou ser bombardeado.
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