...metade da cidade é feita de jardins cheios de baobás repletos de flores e frutas. Cada rua tem uma fonte de água, leite, vinho de coco e mel. Ninguém passa fome ou sede. Muitos ancestrais sábios estão lá, contando histórias que divertem e ensinam. Ninguém fica entediado ou ignorante. Não há porque brigar ou temer por sua vida, pois todos têm o que precisam e orcs não existem lá. Nenhuma arma existe, porque nenhuma arma é necessária.
-Crônicas dos Hipopótamos.
Existe uma crença em uma cidade maravilhosa em Kosinbia, Wagadu. Um lugar que recebe quem tem força no coração, pois é feita desta própria força. Mas ela existe apenas para quem acredita em si mesmo, nos outros e em Wagadu. Ela surgiu apenas quatro vezes na história conhecida de Kosinbia, abrigando certas pessoas que conseguiram alcançá-la em jornadas perigosas. Em cada aparição, teve um nome distinto: Dierra, Agada, Ganna e Silla. Cada vez, o seu portão ficava em um sentido diferente: norte, oeste, leste e então sul. As bocas alheias acham que o próximo surgimento de Wagadu terá portões em todas as direções cardeais.
Alguns piromantes de Kahonua dizem que a cidade é uma armadilha dos deuses mortos, mas muitos kosinbianos pensam nela como uma recompensa, talvez da própria Kahonua. Um paraíso que recebe apenas os merecedores. Uma cidade que desaparece apenas quando é alvo de fraquezas como vaidade, falsidade, ganância e revolta. Muitos temem e tentam prever qual a próxima fraqueza que fará Wagadu desaparecer antes que possam a alcancem, para que possam eliminar esta mesma fraqueza de si mesmos. Será hedonismo? Ou talvez uma traição? Ou será que desta vez Wagadu será forte o suficiente para ficar, aguentar as fraquezas humanas e se tornar um paraíso na terra, um prêmio de Kahonua a seus fiéis?
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