sábado, 7 de abril de 2018

Kosinbia


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     A terra de Ghara Oriental é dividida em doze principados, todos governados por príncipes vassalos aos piromantes de Kahonua. Cada principado contém uma capital de mesmo nome. Todos os principados são governados por príncipes, cada um suserano das centenas de tribos em seu território. As tribos diferem bastante em costumes e administração (chefes, conselho de anciãos, aristocracia etc), mas existem alguns pontos em comum: a arquitetura local é marcada por adobe e madeira, com palácios e fortalezas feitos de pedra e terracota; a maioria das tribos assume uma especialização, desde fabricar vidro a lutar, plantar milhete a construir barcos; casamentos fora da tribo são raros, geralmente resultado de acordos e alianças; tribos se subdividem em clãs, cada um com o seu totem ancestral venerado como um espírito protetor; o “Bem” é aquilo que garante o bem-estar e felicidade dos outros, contribuindo para as boas relações entre as pessoas e a boa fortuna da comunidade, cada um fazendo a sua parte em prol do todo; o “Mal” é o que ameaça a harmonia social, desde o egoísmo até as coisas inumanas como doenças e monstros; escarificação é usada para embelezar, demonstrar afiliações e status social; cada distrito de uma capital mantém uma grande chama dia e noite, produzindo uma coluna de fumaça colorida e aromatizada. Kosinbianos se orgulham em dizer que mesmo "estrangeiros cegos e surdos" nunca se perdem em suas cidades, bastando seguir o cheiro característico de cada distrito.

Danxome - A nação mais militarizada, devido a estar na fronteira com o Cinturão Orcoide. Mesmo um aldeão com fome não venderá a lança que carrega, pronto a defender os principados das migrações orcs. Também possui as maiores e mais famosas fundições de canhões em toda Sarba, projetando novidades como canhões compostos. Um principado famoso por sua tropa de elite, as amazonas Ahosi.



Wadai - Dominada por savanas e terrenos áridos. A cultura local é um misto de Kosinbia e Khejal, inclusive adorando outros deuses além de Kahonua. Abrigar uma das pontas da Rota do Marfim faz dos wadaineses comerciantes naturais, revendendo produtos de toda Sarba aos demais principados. Esses dois fatores também fazem com que os demais kosinbianos tenham desconfiem da honestidade e apego às tradições dos wadaineses. Por outro lado, eles não exatamente seguem os costumes khejalis, pois caçam elefantes, ficando com a carne e comercializando o marfim decorado.



 


Masaesyli - Os melhores "elandeiros" (cavaleiros de elandes) de toda Kosinbia. Todo ano, milhares de elandeiros nômades caçam dezenas de milhares de gnus durante a migração desses últimos, um período marcado por festivais e perigos. É tradição que a princesa masaesyliana lidere essa enorme caçada que também serve como treinamento militar para os elandeiros. Aqui, a riqueza de alguém é medida pelo número de cabeças de elandes que possui.








Kanem - Encarregados pelos piromantes de defender as águas kosinbianas, o povo de Bafongo constrói embarcações com grandes canhões frontais para perseguir piratas. Isso os tornam o único principado que não precisa contribuir tropas aos Bastiões do Sacrifício, embora sempre hajam voluntários. O excedente de tropas e navios os levou a estabelecer diversas colônias em regiões distantes, como ao sul de Kavaja e até em certos pontos de Drakazin. As tripulações das galés kosinbianas são proeficientes em fazer as balas dos canhões quicarem na água, aumentando o alcance, letalidade e às vezes atingindo diversos navios.




 


Urewe - Tem mais minas do que qualquer outro principado, extraindo da terra ferro, quartzo, carvão etc. Também são exímios ferreiros, forjando lingotes e itens de aço-carbono. São o único principado que cria cupins para comer e também pela argila do cupinzeiro, com propriedades refratárias excelentes para forjas. O outro artesanato local é a fabricação de vidro. A combinação dos dois resulta em dois produtos sem igual no continente: óculos e telescópios.





  
Chagga - A proximidade com a Baía das Cinzas faz com que a região seja especialmente rica em espíritos, tanto intermediários benéficos entre mortais e Kahonua, quanto espíritos que são fragmentos malignos dos Deuses Mortos. Isso resulta em um grande número de shamãs que em parte substituem os piromantes na burocracia e questões divinas do principado. Eles também conseguem entrar em contato com os totens ancestrais dos clãs kosinbianos. Mesmo pessoas comuns conseguem ter relações com um ou outro espírito e alguns até adquirem poderes no processo. Tudo isso também torna os chagganeses muito supersticiosos, algo razoável em sua região mas quase desnecessário fora dela. A região também contém um grande número de cultistas que adoram os Deuses Mortos, tentando revivê-los com sacrifícios e rituais profanos.





Koya - As minas daqui produzem um terço do ouro mundial. A princesa local é tão rica que evita fazer compras, não por ser pão-dura, mas por medo de desestabilizar a economia kosinbiana como o seu pai fez. Ela também empresta dinheiro a juros modestos, financiando projetos públicos e privados Kosinbia afora e até além. Ela refere a si mesma como "a pessoa mais rica do mundo", o que pode ser verdade. A sua fortuna é tamanha que banca a existência dos "Cavaleiros da Suma-Flama", um grupo de guerreiros que montam híbridos de cavalo e zebra, portando lanças e espadas cujas lâminas são feitas de fogo capaz de cortar aço como manteiga.






Mgonde - É um segredo aberto que o atual príncipe mgondiano é um fantoche da aristocracia arcana local. Não só piromantes, mas magos e feiticeiros de todas as especializações existem aqui. Também pode-se encontrar colégios arcanos, variedades mágicas de pólvora e fetiches poderosos. Várias tribos mgondianas se especializam na confecção de máscaras. Mas esses itens não são apenas decorativos: a máscara de um piromante é um símbolo de autoridade assim como o martelo de um juiz imperial. Outras máscaras servem para o ele deixar de ser si mesmo e se tornar o hospedeiro do espírito invocado para testemunho durante um julgamento. Máscaras tribais também podem ser o equivalente a varinhas arcanas e símbolos de pactos com forças sobrenaturais, sejam benéficas ou malignas. Cuidado para não ofender o espírito que habita a sua máscara ou fetiche, ou ele pode se recusar a emprestar os seu poder.






Khoikhoi - A selva úmida contém a urbanização desse principado. Além da capital, existe um punhado de cidades mas inúmeras aldeias fortificadas contra as ameaças da selva. Cobras, doenças, bruxos, fadas, vampiros... Para alguns habitantes, "selva" é sinônimo de "caos" e "inferno". Poucas trilhas são seguras e a população se desloca pelos rios em canoas. Muitos acreditam que um ou mais poderes malignos se esforçem para manter essa situação. Alguns desbravam a selva para descobrir se isso é verdade, encontrando templos arruinados, enclaves feéricos e necrópoles milenares no processo. O calor e umidade fazem com que o povo vista pouco mais do que saiotes de folhas entrelaçadas e prefira armas de bronze ou latão ao invés de ferro. 








Alodia - O celeiro kosinbiano. Campos de sorgo, inhame, milho, cacau e pomares de baobás se extendem até o horizonte em alguns lugares, mantidos por um sistema de irrigação e aquedutos de terracota. Talvez o principado mais pacífico, populoso e urbanizado. As numerosas estradas de cerâmica mostram uma especialidade local: as bocas alheias dizem que artesãos piromânticos daqui conseguem até criar armaduras de cerâmica, e lâminas de obsidiana, que não se quebram facilmente.






Lunda - Ao contrário da vizinha Khoikhoi, a selva lundiana é quase gentil. Mesmo as queimadas são propositais e administradas pelos druidas locais, que entendem como os biomas que guardam dependem do fogo. Muitos pigmentos exóticos são coletados pela população, tornando esse principado aquele com as cores mais vistosas e variadas. A facilidade coletar plantas medicinais também favorece um grande número de curandeiros e alquimistas. As matas escondem uma população élfica substancial, de uma etnia desconhecida.









Bafongo - Região altamente vulcânica e quase hostil à vida, repleta de planícies de sal, poços de enxofre líquido e lagos ácidos. Os piromantes treinam aqui ao mesmo tempo que beneficiam a economia local: nas caldeiras vulcânicas ativas, aprendem a manipular a lava de tal forma que conseguem extrair coisas valiosas como cobre, granito, chumbo, diamantes e asbesto dos lagos viscosos e incandescentes, ingredientes usados pelos artesãos locais. O povo daqui tem costumes bárbaros: andam em carvão em brasa e se com ferro quente. O calor da batalha e coisas como flechas incendiárias os deixam enlouquecidos e selvagens. Se arremetem contra o inimigo com clavas de arremesso e espadas de madeira incrustada com obsidiana, pele brilhando com suor e tão fora de si que desmaiam de exaustão depois. Muitos kosinbianos se envergonham dessas tribos, pois representam o pior da Kosinbia pré-Kahonua.



Kahonuterasi - Não é um principado, mas a terra santa kosinbiana. Aqui residem os líderes piromantes do culto de Kahonua, dentro de uma montanha que combina cinco vulcões com vários níveis de atividade, lagos termais contrastando com poços de lava. As planícies cinzentas também são extremamente férteis: as encostas do vulcão são terraços de arroz, produzindo um excedente armazenado para ser entregue a regiões passando por dificuldades. As bocas alheias dizem que a própria Kahonua mora no vulcão mais ativo, o "Shira". Sobram monastérios cheios de monges piromânticos discutindo as minúcias do folclore oral kosinbiano, canções, fábulas e preces consideradas tanto valiosas demais para serem escritas quanto para serem esquecidas. Existem muitos sábios, os Miungu 'Midomo, cuja missão divina é serem bibliotecas vivas, armazenando e transmitindo saberes ditos pela própria profetisa Amanirena. Para melhor preservar o que sabem, esses homens e mulheres entram em comas voluntários, sendo acordados apenas em caso de necessidade. Essas pessoas são guardadas com muito afinco contra ameaças mundanas e sobrenaturais.







Kubadilishana - Considerada parte de Kosinbia, apesar de ser uma cidade na Ilha dos Fantasmas Cinzentos. Um paraíso de piratas e corsários vindos "daqui, dali e dacolá", como dizem os locais. Aqui têm tudo o que um pirata precisa, sejam navios, armas, mapas, boatos arriscados e valiosos, tripulantes e até reputações (são capazes de espalhar histórias mundo afora como ninguém). Existem dezenas de línguas, ao ponto de que é moda falar coisas que os outros não entendam, xingar oponentes de maneiras incompreensíveis mas ainda de tom ofensivo, e dizer coisas que soem bem mesmo se parecerem uma hiena engasgando.

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