Sangue-da-Terra é uma cidade à beira de um precipício nas
encostas do Pico da Coroa Azul, assim chamado pelas chamas azuladas que
surgem de rachaduras perto do topo à noite. A face oeste é esburacada
por fumarolas que cospem gases e líquidos das entranhas rochosas. As
nuvens amareladas e tóxicas que escondem o sol diversos dias ao ano são o
mesmo gás ácrido que os mineradores canalizam em dutos de cerâmica que
escoam enxofre derretido vermelho, o "sangue da terra" que nomeia a
cidade. Depois de esfriar, os blocos amarelos de enxofre são carregados
até o vale inferior cruzado pelo rio Nabia, carregados em balsas até
Tyrintha.
Um clã de shardokans bárbaros, os Kolarsh, horrorizados com o
que eles entendem como uma ferida na própria deusa Corallin, atacam a
cidade com frequência nos últimos anos. A população* reagiu a isso com
muralhas e um fosso ligado ao "Lago Faminto", feito de ácido sulfúrico
borbulhante com cor de turquesa e muitos restos mortais que ninguém sabe
identificar. Os habitantes acreditam que isso é prova de que os Kolarsh
usam o lago para sacrificar animais e pessoas em cerimônias profanas, e
que os ataques são para esconder isto. Além disso, desde que o lago vem
sido usado para defender a cidade surgiram os ditos Corroídos, mortos-vivos com saliva ácida e que jorram sangue caústico quando feridos.
*Atualmente mil pessoas, quase todos anões, hobgoblins e goblins. A população era o dobro antes dos ataques de bárbaros e mortos-vivos, o que é visível no grande número de casas abandonadas. |
O enxofre derretido, vermelho durante o dia, brilha azul à noite. Gases sulfúricos em combustão seriam a explicação para as chamas azuladas vistas no topo. |
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