Um
mercado localizado em algum ponto de Numéria. Um lugar cheio de
criaturas impossíveis e maravilhas perigosas, onde você pode trocar uma
memória amarga pelas cinzas de um elemental d'água. Portais
que dão acesso a esse empório estão espalhados pelo mundo, mas sempre
em locais inesperados e liminares, tal qual um porão em uma casa
decrépita nos limites da floresta, e apenas durante o pôr do sol. Cada
portal exige um enigma, um sacrifício e um combate para ser usado.
Uma
frota de navios-fantasma tripulados por bruxos, os Caleuches, viajam mundo afora à noite,
raptando crianças, atraindo viajantes, atacando comunidades costeiras e
saqueando navios afundados. Tudo o que eles adquirem acaba à venda no
Bazar. Um Caleuche é um navio branco imaculado e brilhante com sons de
festa que consegue submergir e desaparecer sem deixar rastros da sua
presença.
O
Bazar e os seus portais são protegidos por guardas que não podem viver
sem comida e bebida temperados com especiarias feéricas. As mesmas tem
sabores e cheiros ilusórios que variam de pessoa para pessoa, mas sempre
intensos e viciantes. Muitos dos guardas foram crianças raptadas por
fadas. Para alguns, isso aconteceu ontem. Para outros, dois mil anos
atrás.Até as montarias que eles usam, que vão de girafas a pégasos, são
crianças que foram transformadas em animais. Você consegue ver isso nos
seus olhares que suplicam por ajuda.
O Bazar é administrado pela Rainha do Inverno e o Rei do Verão, dois
Entes Reais de grande poder que assumem formas humanóides com traços
élficos.
O
Rei do Verão é gracioso e terrível. Ele representa mudança e
energia, caos e emoção. A sua corte de lordes e damas feéricas fica em
meio a uma selva cheia de criaturas exóticas, desde corvos espiões
tagarelas a lacraias-hidra que adoram filosofar. A Rainha do Inverno é
linda e fria como uma geleira. Ela representa estagnação e entropia,
ordem e lógica. O seu palácio de gelo é povoado por garotos e garotas
que ela trata como filhos e filhas. Para alguns deles, isso é muito
melhor do que a vida anterior. Outros só querem voltar para casa.
Durante o outono e a primavera, ambos reúnem os seus lacaios e lideram
uma viagem pelo mundo, a Caçada Selvagem. Não se sabe o que eles buscam.
Talvez a Caçada seja apenas uma distração, mas por onde ela passa,
surgem desastres e guerras, embora para certos povos seja um sinal de
fortuna e boa sorte. Pessoas que se deparam com a Caçada são abduzidas
pelas fadas e forçadas a participar.
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